•~ Ryuusei to Zodiac ~•

Sinopse: Diz a lenda que a existência de apenas 12 signos no zodíaco é uma farsa. Na verdade, originalmente eram 15 deles e, ao contrário do que muitos pensam, os Signos (Ou Zodíacos, como eles mesmos se chamavam) eram entidades espirituais com poder suficiente para mudar o mundo como desejassem. Porém, devido a uma suposta revolta de três destes Signos, estes foram banidos do plano espiritual que se encontravam para um plano onde somente a escuridão e o isolamento reinavam. Mas... Estes três signos seriam tão facilmente presos? Ou... Tinham algo em mente?
Foi então que, naquela chuvosa noite de Setembro, os três signos caíram na terra em lugares separados e desconhecidos, passando despercebidos aos olhos humanos...
Como Estrelas Cadentes.

Classificação: +13
Categorias: Originais
Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Comédia, Drama, Fantasia, Mistério, Romance, Suspense
Avisos: Álcool, Violência

Notas da História:

Tudo nesta história foi criado por mim (Com exceção dos nomes dos 12 signos do zodíaco que todos conhecem, claro). Qualquer semelhança com alguém ou alguma situação, é mera coincidência.

Espero que gostem da história, estou trabalhando duro nela. Não julguem apenas pela Sinopse, leiam o primeiro capítulo. A continuação da história dependerá das Reviews e da aceitação dos leitores.

Obrigado.

||| Prólogo |||

-- E então, o que me diz? Você quer acabar com tudo isso, não é? – Dizia um vulto de forma humana com os olhos em chamas azuis enquanto soltava uma breve e desagradável risada.

-- Do quê você está falando...? Não passa de uma alucinação, me deixe em paz! – retrucava um garoto de cabelos azulados. Estava com a mão direita sobre o seu olho esquerdo, dali parecia sair um fluxo constante de sangue.

--Ora, ora. Então prefere perder este seu lindo olho esquerdo? Ah, vamos lá, sabe que não sou uma alucinação! Apenas aceite, imagine como sua vida vai mudar depois disso...! – as chamas nos olhos do vulto pareciam se agitar.

O garoto não respondeu, apenas olhou para o seu lado direito. Nada. Não havia nada naquele lugar, parecia preso em uma grande esfera escura sem vida e esperança. O que tinha acontecido com ele? Nem ele próprio sabia dizer em todos os detalhes, não conseguia se lembrar de muita coisa e, se tentasse, sua cabeça doía instantaneamente, parecia até mesmo que ia explodir.

Foi então que olhou para o lado esquerdo. Uma luz surgiu no lugar. Esta aumentou de pouco em pouco até ficar no tamanho de uma janela comum. Lá o garoto pode ver chamas e árvores caídas. A “janela” se moveu um pouco e mostrou que ali havia uma garota caída de bruços no chão, seus cabelos louros reluziam na luz do fogo e sangue parecia sair de baixo de seu corpo, estaria morta?

A Janela se movimentou outra vez.

Desta vez, mostrava um garoto que não parecia mais velho que ele, deveria ter 17 anos no máximo. Este segurava um punhal na mão esquerda e sua mão direita emitia um estranho brilho cinza. Não conseguia ver direito seu rosto, mas este parecia que sorria, mas não era um sorriso amigável... Era parecido com um sorriso psicopata, como uma besta pronta para atacar sua presa.

A Janela por fim se fechou.

--O que foi aquilo...?! – exclamou o garoto, agora de volta à escuridão.

--Nossa, você é mais lerdo que eu pensava... – dizia o vulto de olhos
flamejantes se aproximando.

--O que vai fazer...?

--Quieto.

Neste momento, o vulto estendeu sua mão para a cabeça do garoto, a colocou em sua testa e, com um aperto digno de um gorila, começou a apertar a cabeça do garoto, as chamas em seus olhos agora pareciam dançar.

--Se Lembre...!!!

Naquela hora, tudo ficou claro. Era como se um raio de luz tivesse percorrido todo seu cérebro e subconsciente, iluminando tudo que estava oculto em suas memórias. Imagines passavam sem parar por sua cabeça, eram muitas, o mostravam desde garoto até os dias atuais.
O que o assustou mais não foi tantas imagens passar por sua cabeça ao mesmo tempo, mas sim as últimas imagens. O mostravam sofrendo, uma lâmina parecia ter cortado seu olho. Ele havia pulado na frente da garota de cabelos louros no chão para protegê-la de alguém . Após isso as imagens ficaram trêmulas. Pode-se lembrar de um forte impacto em seu peito e depois de ser arremessado para trás. A última imagem mostrava o garoto com a faca se aproximando com o sorriso perturbador.

--Vê...? Lembra-se agora?

--Eu... Morri ali? – dizia o garoto hesitante, ainda contemplando as imagens que passavam em sua mente.

--Não, mas é o que vai acontecer se não aceitar minha ajuda! Vamos, aceite!!

--... Se eu aceitar eu vou poder me salvar... E também salvar aquela garota?

-- É, como quiser, Romeu. E então...?

-- Eu... Aceito.

As chamas nos olhos do vulto se aumentaram, elas pareciam agitadas, como se quisessem saltar dali o mais rápido possível. Neste momento, o vulto deu uma breve risada e pouco depois estalou seus dedos. Com esse gesto, um grande círculo azul se formou no que parecia ser o chão em volta dos dois. Dentro desse círculo, vários símbolos se formaram, mas o garoto não deu muita atenção.

--Muito bem... Vamos dar início. – Fez uma breve pausa – Qual o seu nome, garoto?!

--Erm... Kazuki, meu nome é Kazuki Fumiyama.

--E quem sou eu?!

--Você... – Agora que finalmente havia reparado. O vulto possuía exatamente sua altura, e parecia usar as mesmas roupas apesar de só ser um vulto escuro, até seu toque era parecido com o seu – Você...
Sou eu!

--Sendo assim, através do contrato que aqui fazemos, lhe ajudarei a sobreviver, ficará forte e superará os obstáculos que se oporem a você. A partir de agora nos tornaremos um por fim, uma Persona e uma Sombra finalmente se unem para colaborarem entre si. Estenda sua mão.

Sem conseguir pensar muito, Kazuki estendeu sua mão que tapava o sangramento do olho para frente. Logo depois, o vulto colocou sua mão ao lado da dele.

-- Pactum... Perfectus.

Assim que o vulto pronunciou estas palavras, uma espécie de triângulo de luz foi formado acima da mão dos dois, parecia flutuar no ar. Deste triângulo, saíram três pontas, e, de cada uma das novas pontas, fios de luz azulada envolveram as suas mãos. O Pacto estava feito, por fim.
Nesta hora, as chamas no olho do vulto ficaram imensas e, antes que pudesse perceber, o vulto havia se tornado uma espécie de fumaça preta e azul e entrou onde antes era seu olho que sangrava. A dor foi imensa. Mas, aos poucos foi sendo aliviada. Agora conseguia enxergar com seu olho esquerdo também, e este não mais sangrava. O Triângulo havia sumido e agora, Kazuki se encontrava sozinho na escuridão.

“Já lhe avisarei, você não é a única pessoa... especial por aí, agora, se me permite...”
Antes que pudesse responder, o local onde estava assumiu um tom branco e, pelo que pode deduzir, ele havia desmaiado.
Sonho? Alucinação? Não... de forma alguma. Aquilo tinha mesmo acontecido e Kazuki tinha a leve sensação de que nada iria ser como antes agora. Estava pulando num abismo sem volta... e não sabia onde iria cair.



Próximo capítulo: ||| Despertar |||

||| Despertar |||

Era como se tivesse dormido em meio ao oceano em meio a uma tradicional chuva de verão. Totalmente encharcado de suor e com uma sensação falsa de febre, Kazuki acordou com um pulo de sua cama, por pouco não caindo no chão. Não conseguia se lembrar muito bem do que tinha acontecido. Olhou no calendário, era dia vinte e um de abril. Não conseguia saber o porquê, mas tinha a impressão que era dia vinte e oito, e não vinte e um.

Deixando isto de lado, foi se arrumar para a escola. Era a única coisa que tinha realmente certeza que precisava fazer. Foi até o banheiro e, antes de se trocar, deu uma boa olhada no espelho. Qualquer um podia perceber de longe que ele parecia totalmente acabado. A primeira coisa que fez foi lavar seu rosto com água fria, era a melhor forma de acordar de vez e, quem sabe, ficar com uma aparência melhor. Na primeira vez que jogou a água no rosto, sentiu o desagradável, mas necessário, choque frio em seu rosto. Olhou para o espelho com uma leve expressão de dor e repetiu o processo. O choque desta vez já não foi tão grande, sentia que começava a melhorar. Porém, ao olhar no espelho novamente... lá estava. Todas as lembranças reprimidas do “sonho” que tivera vieram à tona novamente. Seu olho esquerdo originalmente azul estava roxo com o curioso símbolo do triângulo com três pontas extras gravado bem no centro da íris.
Caiu para trás. O som da água saindo da torneira se misturava com as lembranças passando rápido pela cabeça de Kazuki provocando uma imensa tontura e enjôo. Por pouco conseguiu chegar ao vaso e vomitar lá. Apesar de tudo, isso o fez sentir melhor, como se tivesse expelido todo o medo e susto que tinha tomado ali. Após isso, se levantou e foi à pia novamente, desta vez, estava tudo normal, seus dois olhos azuis continuavam da mesma cor que sempre foram... Alucinações talvez? Não era hora de se preocupar com isso.

Desceu as escadas após se arrumar. Era possível sentir o cheiro de café vindo da cozinha da casa. Ao chegar lá, viu que a mesa estava posta, café, pão e alguns doces. E, se destacando no centro da mesa, um papel verde. Ao pegá-lo, olhou em volta da cozinha e nos outros cômodos da casa, não havia ninguém. Leu o papel:

“Kazu-chan, eu e seu pai fomos trabalhar mais cedo, talvez subiremos de cargo~~! ♥ Não bagunce a casa, sim?

Okaa-san ♥”

Kazuki não conseguia adivinhar como sua mãe podia ser tão... hiperativa logo de manhã. Até seus bilhetes irradiavam felicidade. Colocando o bilhete de volta na mesa, tomou seu café rápido, se desse sorte conseguiria chegar à escola antes do primeiro sinal tocar, e isso era ótimo.

Pouco depois, pegava sua mochila e ia em direção à escola pelo caminho de sempre. Era um caminho bonito, haviam várias árvores ao lado esquerdo que produziam bastante sombra. Por lá passavam apenas estudantes na maior parte do tempo, então era um lugar bem sossegado. Porém, ao contrário da atmosfera do lugar, Kazuki não estava nada calmo, aquele sonho que tivera não saia de sua cabeça, era aquele típico sonho que temos que parece tão real, se não mais, do que a realidade em si. Seus pensamentos foram interrompidos por um estudante que passava correndo e esbarrou nele, o desequilibrando.

--Ah, Desculpe! – gritava o estudante já correndo ao longe.

Nem teve tempo de responder, o garoto já estava longe. Olhou em seu celular. Faltavam apenas dez minutos para o início da aula, precisava se apressar. Assim, começou a andar mais rápido em direção ao colégio.

Após cerca de sete minutos, chegou ao colégio. Hanakoji era o nome de lá. Era um colégio grande, sua entrada era cheia de Sakuras e grama muito verde. O caminho de tijolos claros que levava à entrada do prédio principal do colégio era constantemente coberta por flores de sakura, o que dava uma aparência ótima ao local. O prédio principal, imponente ao fundo dava um ar de superioridade, possuía muitas salas de aula, alem de livrarias e salas de estudo. Além do prédio principal, haviam mais dois prédios. Um constituído de laboratórios de química e física e outro para uso exclusivo dos professores e usado também como depósito. Atrás destes prédios, havia uma enorme pista de corrida para treino dos alunos e atividades de educação física e um campo para atividades como futebol. Havia também um espaço dedicado para o clube de arco e flecha e um campo de Baseball com proporções menores que as de um original. Resumindo, era uma escola maravilhosa, ninguém podia negar.

Sem mais demoras, se dirigiu à sua sala. Como sempre a maioria dos estudantes estavam sentados e conversando, alguns esperando, outros nem tanto, a chegada do professor.

Encontrando o seu lugar, se sentou e tirou o gorro que estava usando. Gorros eram praticamente a marca registrada de Kazuki. Pouco depois que se sentou, um dos seus colegas veio falar com ele. Era mais ou menos da altura de Kazuki, tinha cabelos castanhos e bagunçados e usava óculos. Tanaka Jun era seu nome:

-- Ei, Kazuki, já está sabendo?! Parece que entrou uma menina nova na sala! Não é ótimo !?

-- Ah, é sim. Mas se comporte desta vez, viu? Lembra do soco que a Tachibana te deu quando você deu em cima dela ano passado?

-- Isso é passado, ela só estava... com vergonha, é isso.

Tachibana é uma garota que entrou no ano anterios no colégio. Possuía cabelos longos e pretos, um lindo rosto e olhos cinzas, o que era bem incomum. Era bastante popular entre os garotos, mas quase não falava com ninguém na escola, era bem fechada e ninguém sabia onde passava o intervalo. Algumas pessoas até mesmo diziam que ela era autista e coisas do tipo.

Pouco depois o sinal tocou e o velho senhor Nakajima entrou na sala para dar sua tediosa aula de história. Era quase como se o senhor tivesse o poder de fazer 70% da aula dormir. Kazuki conseguia ficar acordado por pouco.
Após 50 minutos que na verdade pareceram 250, o sinal tocou e, antes que o senhor fosse embora, uma garota entrou na sala, tinha cabelos loiros quase brancos e olhos de cor anil, além de ter a pele de uma coloração bastante clara. Possuía um rosto de certa forma... angelical. Era realmente MUITO bonita, parecia ser a única garota a se igualar à Tachibana. A garota utilizava um par de fones de ouvido, o que fazia Kazuki pensar se ela estaria ouvindo alguma palavra do que o professor dizia.

-- Muito bem... Esta é Arisu Shirazaki, veio de Nagoya e estará estudando com vocês a partir de hoje. Sejam legais com ela, certo? – Pedia o professor.

-- Sou Arisu Shirazaki, muito prazer, pessoal. – sorria após se aprezentar.

-- Você... pode sentar ali atrás do Fumiyama-kun, certo? Até logo... – se retirava o professor após apontar o lugar.

Só agora que o professor havia falado que Kazuki notou que o lugar atrás dele estava vago. Não havia alguém que se sentava ali?
Pouco depois, a aluna nova se sentava atrás dele. Kazuki podia sentir o perfume dela, era muito bom.

-- Ei, qual seu nome? – perguntava Arisu de trás dele.

--Huh? Ah... Kazuki... Fumiyama.

-- Certo, Kazuki-kun, Pode me chamar de Arisu, certo? Espero que sejamos amigos~. – sorria novamente.

-- Ah... aham, eu também... – Sorria de leve e depois se voltava para a frente novamente. Aquela garota lembrava alguém...

Após um bom tempo, agora já no fim da tarde, as aulas por fim acabaram. Era um alívio para todos os estudantes. Sem perder muito tempo, Kazuki pegou seu material e se retirou da sala e, antes de ir para casa, foi ao banheiro. Ficar tanto tempo parado na sala de aula não fazia muito bem para a bexiga de ninguém.

Após isso, ao ir lavar as mãos, deu uma rápida olhada no espelho e, novamente estava lá. Seu olho esquerdo estava mais uma vez roxo com o estranho símbolo no centro da íris. O símbolo agora brilhava intensamente, diferente de quando acordou, que estava opaco.

--Mas o que é isso... ?! – Não conseguiu conter a fala e deu dois passos para trás.

-- Ah, então você já despertou não é? Isso realmente vai me poupar um bom trabalho, sabia? Hihi~

Kazuki olhou rapidamente para trás, lá estava Arisu, sorrindo assim como estava quando o professor a apresentou. Quase não conseguiu conter um grito.

-- Shi-Shirazaki-san ?! O que está fazendo aqui ?! Este é o banheiro masculino e... Ah! – Kazuki tapou seu olho esquerdo com a mão esquerda.

-- Ah, deixa disso! Não precisa se esconder de mim, e eu já disse para me chamar de Arisu, não disse? ♥


Próximo capítulo:

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